Do Jornal Gazeta do Oeste
Os técnicos administrativos da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) decidiram ontem (21) pelo final da greve iniciada em junho deste ano. Os técnicos decidiram aceitar a proposta do Governo Federal, de que a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (FASUBRA) possa assinar acordo junto ao Governo Federal para pôr um fim à greve. Atividades devem ser retomadas na segunda-feira, dia 27.
De acordo com o coordenador de comunicação do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (SINTEST), Edson Lima, a categoria acatou uma proposta do governo e trouxe as respostas das universidades. “Algumas não aceitaram, mas a maioria aceitou”, disse.
Segundo ele, nesta quinta-feira (23) o governo deve enviar a lei para o Congresso Nacional e assinar o termo de acordo. “Amanhã (hoje) haverá uma reunião em Brasília, para assinatura do termo de acordo entre a Fasubra e o Ministério do Planejamento”, explicou.
A proposta do Governo Federal é de reajuste de 15,8%, dividido em três parcelas que ficariam para 2013, 2014 e 2015. O impacto orçamentário da proposta inicial seria de R$ 1,7 bilhão, e passou a contemplar, além do reajuste salarial, a progressão na carreira. Os servidores obtiveram elevação do degrau entre um nível e outro de 3,6% para 3,8% em três anos, com aumento dos percentuais de qualificação para incentivo àqueles com graduação e mestrado.
Já os professores, que também realizaram assembleia ontem, decidiram por continuar com o movimento paredista. “Hoje tivemos uma pauta específica para analisar a proposta do sindicato”, disse Marcela Amaral, professora e representante do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES).
Segundo ela, a assembleia referendou a proposta em pontos principais relacionados ao piso, estepes e escalonamento. “Os professores fortaleceram o movimento. O que queremos é que o governo reveja sua posição”, afirmou.
O professor Antônio Jorge, diretor da Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA), disse que a foi unanimidade a manutenção da greve. “Estamos há três meses com o movimento, inclinados a sair, mas o governo está jogando com a categoria”, afirmou.
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