terça-feira, 7 de junho de 2011

PROFESSORES MUNICIPAIS CONSEGUEM REIVINDICAÇÕES E ENCERRAM GREVE

Nesta terça-feira, dia 07 de junho, os professores do Município realizaram Assembléia e decidiram aceitar a proposta do Executivo Municipal de reajuste de 15,89% sobre o salário base dos docentes conforme solicitação da categoria, baseada nas recomendações do MEC e da Lei do Piso Salarial Nacional dos Professores. Paralelamente o Executivo também prometeu enviar, em um prazo de máximo de até 60 (sessenta dias), a documentação solicitada pelo MEC para que o Município possa pleitear a complementação de recursos necessários para o pagamento do Piso integralmente, sem juntar a gratificação, como ainda acontece hoje. “Consideramos que o resultado das negociações foi conseqüência de muitos fatores como, por exemplo, a união dos professores, o embasamento que a Lei nos oferece, o apoio direto ou indireto da comunidade e a coerência do Executivo em nos conceder aquilo a que tínhamos direito.” Ressalta Hudsmar Carlos, presidente do SINDIXSEPM. Os professores retomam as aulas nesta quarta-feira, dia 08, e já elaboraram proposta de reposição dos dias letivos parados que será apenas formalizada juntamente com a Secretaria Municipal de Educação. “Fazemos questão de repor dia por dia, minuto por minuto a carga horária que não foi dada durante esse período. È nossa obrigação e nosso compromisso com a responsabilidade e com as centenas de pais e alunos que confiaram em nós durante o movimento.” Afirma Everaldo Alves, vice-presidente do SINDIXSEPM.

Momento Histórico

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais considera que esta movimentação marca a consolidação do SINDIXSEPM e a força da categoria, que unida e de forma pacífica, ordeira e responsável soube garantir seus direitos e afirmar para toda a comunidade a importância que a Educação pode proporcionar para uma sociedade. Os professores saem dessa luta, mais engajados e comprometidos, com a auto-estima mais elevada e a certeza de que tem uma grande missão pela frente: educar e construir cidadãos conscientes e preparados para a sociedade que os espera.

Agradecimentos

A direção do SINDIXSEPM agradece em especial a todos os companheiros que acreditaram na força de nossa união e construíram junto conosco uma nova página na história da educação dix-septiense. Sem vocês não teríamos conseguido avançar. Nada do que dissermos será capaz de expressar a gratidão e o orgulho de poder representar uma categoria que demonstrou tamanha força e esclarecimento na busca por seus direitos.

Aos alunos e pais de alunos nosso sincero obrigado. Os senhores não imaginam quão importantes foram as manifestações de apoio dadas por meio de suas palavras na entrada das escolas ou nas ruas. Alguns pais, em sua simplicidade de palavras, nem sequer imaginam o quanto foram conscientes e importantes no nosso fortalecimento. Esperamos retribuir toda essa confiança no tratamento que damos aos seus filhos em nosso dia-a-dia. A partir de hoje nosso compromisso e nossa obrigação em servir tornam-se ainda maiores frente a esta manifestação de apoio que nos foi dada. Muito obrigado!

Aos poderes Executivo e Legislativo também fazemos nossos agradecimentos. Ao primeiro, buscamos reconhecer sua atitude coerente e responsável em reconhecer e conceder nossos direitos, devidamente amparados pela Legislação, permitindo a negociação com seus servidores e acatando a importância que temos para a construção deste Município. Ao segundo, pelo apoio que nos foi dado quando da visita desta categoria à Casa Legislativa e na forma como apreciam os projetos de lei que versam sobre nossa categoria, naquela Câmara Legislativa. È nesse caminho que se deve consolidar a democracia.

Aos detentores de blogs que não fizeram qualquer questão de divulgar nossos informes e assim contribuíram para que pudéssemos ter mais um canal de comunicação com a comunidade, tendo em vista a importância destas novas formas de interatividade que surgiram junto com o avanço da internet. Nosso obrigado e nosso reconhecimento por seu empenho em contribuir para a construção da democracia em nossa comunidade.

A Luta Continua

Consideramos que esta foi uma batalha extremamente importante, na qual todos saíram vitoriosos, sejam os professores ,a comunidade escolar e o próprio Município tendo em vista que a valorização dos professores é essencial para a qualidade da educação. No entanto essa valorização ainda precisa acontecer de forma mais consistente e real. Isso acontecerá quando a decisão do STF realmente for posta em prática e todos os nossos governantes, sejam eles municipais, estaduais ou federais, compreenderem que somente por meio da valorização e do investimento em educação é que nosso país poderá desenvolver-se de forma justa e efetiva.

SINDIXSEPM

Um comentário:

  1. O secretário de Segurança do Governo Rosalba Ciarlini veio ontem a Mossoró dar uma demonstração de anacronismo e incompetência explícitos. Como na famigerada piada do sofá, em que o marido traído, em vez de separar-se da mulher adúltera manda queimar o sofá onde flagrou a cena da traição, vem o senhor secretário de segurança do Estado à terra da governadora, dizer que não se podem divulgar as mortes.

    Pelo menos o ITEP, cujo diretor quase caía, porque deixou a cidade saber que cem mossoroenses já perderam as vidas na boca do trabuco neste ano da (des)graça de 2011, desde que a filha da terra assumiu o comando do poder estadual. Só faltou dizer com a boca da insensatez: "pode matar, o que não pode é divulgar". Querer que cem mortes violentas em 157 dias, ou seja, um assassinato a cada 37 horas, fiquem sem divulgação, é, santa estupidez, "querer tapar o sol com uma peneira"... Já não basta esta outra piada da tal "Operação Sertão Seguro" que o governo Rosalba anuncia?

    Há dias vieram 40 policiais a Mossoró, uma "Tropa de Elite" que enquanto aqui esteve, se é que já foi, viu amiudarem os crimes. Quando chegaram à terra de Santa Luzia, a média era de um assassinato a cada 44 horas, hoje é a cada 37. Fala-se em "estado de guerra" em Mossoró. Não é bem isso. É mais grave. Também não tem nada de guerrilha, como alguns incautos estão dizendo na imprensa. As duas formas de confronto armado têm suas regras e suas lógicas. Tem lados, tem espaços definidos, onde os combates se dão, mesmo que a guerrilha seja mais surpreendente no explodir de enfrentamentos.

    O que Mossoró vive é a barbárie. A baderna armada, o bangue-bangue sem as regras dos duelos do Velho Oeste americano, onde havia um código de honra entre mocinhos e pistoleiros. Mossoró é, hoje, uma terra sem lei. Território de ninguém, onde a autoridade desertou, onde o poder virou vácuo e ao cidadão só resta esconder-se atrás das grades e dos cadeados do próprio lar/xadrez.

    Qualquer um encontra uma arma em qualquer lugar, por qualquer quantia, conseguida de qualquer jeito e mata qualquer um, a qualquer hora. É o caos... E o governo estadual nem... "cumo coisa". Olimpicamente age como se não tivesse nada a ver com a tragédia.

    É tudo muito grave. Dói ouvir na rádio: "Chuva de Balas no País de Mossoró começa a ser apresentado", findos os comerciais entram as notícias. "Mataram um cabeleireiro com três tiro... é o nonagésimo nono assassinato"; Poucas horas depois: "Chuva de Balas no País de Mossoró começa a ser apresentado": entra o noticiário: "Mataram um flanelinha. É o centésimo assassinato registrado no Itep de Mossoró".

    Já não se sabe onde se estabelece a fronteira entre a arte e a vida, entre o real e a fantasia... E a reação do secretário de segurança é mandar parar de divulgar. Como Castro Alves, só nos resta clamar: Deus, Ó Deus, onde estás que não me escutas?

    Dolorosamente ontem lembrei Dom Hélder Câmara, quando o Papa Paulo VI lhe perguntou como ele estava vendo a Igreja Católica?
    - Com preocupação, respondeu o arcebispo brasileiro.
    - Por quê? Perguntou o Papa.
    - Porque nunca mais mataram um Papa... Respondeu Dom Hélder.

    Fiquei a fazer a pergunta que já ouvi de várias pessoas em Mossoró. Será que só vão começar a se preocupar quando matarem um Rosado?

    Fonte: Jornal de Fato - Coluna Prosa & Verso

    ResponderExcluir