terça-feira, 1 de junho de 2010

A morte de João Pessoa

“João Pessoa! Eu sou João Dantas, aquele cuja honra ultrajastes”.

Essas foram as últimas palavras ouvidas pelo ex-governador da Paraíba João Pessoa, proferidas da boca do advogado e ativista política João Dantas.

A morte de João Pessoa que serviu de pretexto para a revoluão de 30, derrubando naquele momento o Presidente da República, Washington Luis, na verdade não teve nenhuma participação do Presidente.

A intriga entre João Pessoa e João Dantas, tinha cunhos mais locais. Por ser um grande opositor ao Governo da Paraíba, João Dantas assim como outros opositores ferrenhos passaram a ser perseguidos. A invasão de casas e residências ao grupo que fazia oposição passou a ser freqüente. E uma dessas casas invadidas foi a de João Dantas. Porém a polícia nada encontrando que pudesse incriminá-lo, toma posse de algumas cartas de amor, fotos íntimas e poemas eróticos trocadas entre João Dantas e sua namorada Anayde Beiriz. Material que era guardado no escritório de João Dantas, como parte integrante de sua vida privada.

O casal mantinha uma relação amorosa bastante liberal para a época. Até porque o estado da Paraíba era um dos mais conservadores do Brasil.

Com posse desse material João Pessoa manda publicá-lo em jornais e locais públicos, expondo a vida íntima e privada de João Dantas. Fato que o deixou profundamente humilhado ao ver o seu sagrado direito de privacidade ser violado.

Em uma viagem de João Pessoa a cidade de Recife-PE, onde este se encontrava na Confeitaria Glória, chega neste momento João Dantas e com a arma em punho profere as seguintes palavras antes de confirmar os disparos: João Pessoa! Eu sou João Dantas, aquele cuja honra ultrajastes.

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