domingo, 18 de março de 2012

Uma singela defesa à candidatura própria no PT

Copio e colo uma matéria publicada no Blog de Carlos Santos sobre a opinião do dix-septiense, advogado Antonio Pedro, em relação a candidatura própria ou não do Partido dos Trabalhadore no município de Mossoró nas próximas eleições. Opinião essa que achei bastante pertinete e publico na página principal deste espaço:

Por Antônio Pedro da Costa

Compreendo que neste domingo, 18 de março de 2012, a política municipal de Mossoró terá um acontecimento de destaque, com a prévia do Partido dos Trabalhadores (PT) para decidir sobre a proposta da candidatura própria ou a da coligação com o PSB.

Em que pese o PT ser um partido pequeno no âmbito municipal, até mesmo sem representação na Câmara de Vereadores, a pré-candidatura do professor Josivan Barbosa, reitor da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), representa fato novo e relevante no marasmo que tem se tornado as querelas políticas locais.

Há muito que as candidaturas ditas alternativas não empolgaram as massas e ao povo restou escolher entre um ou outro Rosado, pois a situação e a oposição brigavam nas ruas, no público, mas se encontravam e festejavam as vitórias e as derrotas, tudo ao mesmo tempo, em família.

Desde a primeira eleição após a reforma partidária e o nascimento do Partido dos Trabalhadores, que o PT vem lançando candidatura própria, tendo o Professor Mário Bezerra estreado como candidato a Prefeito de Mossoró, em 1.982. Durante todos esses anos o PT foi tachado de sectário, atrasado, que vinha fazendo o jogo do grupo dominante em detrimento de uma possibilidade de mudança, como argumentavam aqueles que tinham interesse de levar o PT como mais um penduricalho, numa disputa que sempre terminaria dentro da mesma família, seja qual fosse o resultado.

Finalmente em 2.008, o PT local, levado pela conjuntura nacional e estadual, além até da dificuldade de encontrar um candidato disposto a ir à luta naquela oportunidade, resolveu fazer coligação com o PSB e oferecer o candidato a vice-prefeito. O resultado dessa composição, no meu entendimento, foi desastroso para o Partido. Não elegeu representação na Câmara Municipal, teve um relacionamento interno muito difícil durante a campanha, com episódios constrangedores, envolvendo até mesmo o candidato a vice-prefeito, onde não lhe deram importância nas decisões.

Em 2.010, a companhia do PT local já não mais interessava ao grupo Rosado que se diz oposição ao outro segmento da mesma família, em Mossoró. O candidato a senador do PT (Hugo Manso), em que pese haver uma coligação formal com o PSB, foi inclusive impedido de subir no palanque em Mossoró e em outros municípios da região. A deputada federal Sandra Rosado e sua filha, deputada estadual Larissa Rosado, ambas candidatas à reeleição, declararam que não votariam em Hugo Manso para o Senado e mais: não aceitariam a presença do candidato do PT em seu palanque.

Finalmente, em 2.012, posta a possibilidade da candidatura própria do professor Josivan, homem de conduta administrativa testada e comprovada, com um histórico de luta e de superação digno dos vencedores, com condições de grande penetração e de crescimento popular, uma candidatura competitiva, até que se prove o contrário, vem mais uma vez o grupo liderado pela deputada Sandra Rosado, buscando o apoio do PT local, para o projeto de mais uma vez tentar fazer sua filha, Larissa Rosado, prefeita.

Ora, o PT local somente com a candidatura própria terá condições de se levantar e retomar seu projeto de poder municipal, pois a coligação das últimas eleições municipais por pouco não o destruiu por completo. Esse é o meu singelo ponto de vista.

Antonio Pedro da Costa – É advogado e filiado ao PT.

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